
Comércio comemora fechamento de 2024 com o melhor desempenho dos últimos quatro anos
De acordo com o Termômetro de Vendas elaborado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), na análise do acumulado do ano de 2024 (Jan-Dez.2024/Jan-Dez.2023), as vendas registraram aumento de 2,04%.
Este é o quarto ano consecutivo que o varejo de Belo Horizonte fecha com crescimento.
Indicador Termômetro de Vendas, elaborado pela CDL/BH, apontou que o bom desempenho do mercado de trabalho e o aumento do rendimento médio conseguiram manter aquecida a demanda por bens e serviços
O volume de vendas no comércio varejista de Belo Horizonte tem mantido a média de desempenho positiva.
Em 2023 o setor fechou com aumento de 1,36%. Já em 2022 o índice ficou em 1,32% e em 2021 o acumulado do ano foi de 1,34%.
Na avaliação do presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, o desempenho positivo é consequência da melhora na atividade econômica vivenciada durante o ano, com aumento da renda disponível e contínua geração de empregos. “Esse resultado é fruto da combinação de fatores estruturais e conjunturais que não apenas impulsionaram, mas também sustentaram a economia da capital mineira ao longo do ano”, explicou.
Todos os segmentos avançaram, no acumulado do ano de 2024, com destaque para Drogarias e Cosméticos, que apresentou crescimento de 6,1%. Em seguida aparecem os seguintes setores: Supermercados (4,9%); Vestuário e Calçados (4,5%); Papelarias e Livrarias (3,58%); Veículos e Peças (2,97%); Artigos Diversos que incluem brinquedos, óticas, caça, pesca, material esportivo, bicicletas e instrumentos musicais (2,77%); Material Elétrico e de Construção (2,33%); Informática (2,16%) e Eletrodomésticos e Móveis (2,11%).
Em dezembro, crescimento varejo foi de 1,88%
Na comparação anual (Dez.2024/Dez.2023) as vendas apresentaram crescimento de 1,88%, consolidando a trajetória de estabilidade com desempenho superior ao observado em 2023, que foi de 1,43%. Segundo o presidente da CDL/BH, o resultado reflete um cenário de recuperação sustentada do consumo, impulsionado por fatores estruturais e sazonais. “O desempenho positivo é resultado de um cenário favorável aos padrões de consumo, movimentado pelo Natal e festividades de fim de ano que aqueceram o comércio. Também podemos destacar os efeitos da recuperação do crédito e o aumento da renda disponível que vêm movimentando a economia”, disse.
Os segmentos que se destacaram na comparação anual foram: Supermercados (5,15%); Drogarias e Cosméticos (5,12%); Papelarias e Livrarias (3,16%); Vestuário e Calçados (2,97%); Artigos Diversos (2,96%); Veículos e Peças (2,59%); Material Elétrico e de Construção (2,19%); Eletrodomésticos e Móveis (2%) e Informática (1,98%).
Comparando com novembro, as vendas de dezembro cresceram 2,78%
Na análise mensal, que compara dezembro de 2024 com o mês de novembro do mesmo ano, o indicador mostra um crescimento de 2,78% nas vendas do varejo da capital mineira. Nesta base de comparação todos os segmentos apresentaram crescimento, tendo o seguinte resultado: Supermercados (7,9%); Drogarias e Cosméticos (7,44%); Artigos Diversos (4,88%); Papelarias e Livrarias (4,6%); Vestuário e Calçados (4,55%); Veículos e Peças (3,6%); Material Elétrico e de Construção (3%); Eletrodomésticos e Móveis (2,89%) e Informática (2,85%).
Balanço e expectativas para 2025
Após os impactos severos da pandemia, a economia começou a apresentar sinais de recuperação, evidenciada pela redução do desemprego, aumento da renda e da confiança dos consumidores.
A redução da inadimplência diminuiu o comprometimento da renda com o pagamento de dívidas e com despesas essenciais, ampliando o poder de compra.
Mas segundo o dirigente da CDL/BH, o cenário de juros elevados trouxe dificuldades, restringindo o acesso ao crédito, afetando alguns setores e o poder de compra de uma parte da população. “Com uma política de juros mais elevados, esperamos que o governo tenha o cuidado de manter uma taxa que não retraia o crescimento econômico e não crie um ambiente que dificulte o acesso ao crédito, imprescindível para a atividade econômica e atração de investimentos diretos”, afirma.
Para ele, o Brasil vem caminhando de forma positiva. O grande impasse continua sendo a questão fiscal. “Para termos um crescimento sustentável no longo prazo, temos que zelar pelos gastos públicos, pela revisão de despesas e reforço no desenvolvimento social. Precisamos manter um ambiente saudável de negócios com segurança jurídica e estabilidade, para possibilitar a atração de novos investimentos”, disse.
O presidente da CDL/BH afirma que “O ano de 2024 mostrou que, apesar dos desafios, o setor apresentou uma grande capacidade de adaptação e resiliência”. E que, em 2025, o setor de comércio e serviços de Belo Horizonte e de todo o Brasil viverá um momento crucial, exigindo que as empresas se ajustem às novas demandas dos consumidores, aproveitem as inovações tecnológicas e invistam em práticas sustentáveis.
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Fonte: Balcão News