17 de setembro de 2024 12:00

Economia recuou em junho/julho segundo FGV – Balcao News – Notícias de BH

A economia brasileira apresentou uma leve retração de 0,1% na passagem de junho para julho de 2024, segundo o Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado ontem.

No entanto, o cenário geral ainda é positivo, com alta de 3,4% no trimestre móvel encerrado em julho de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023.

Além disso, o PIB cresceu 5,4% em julho de 2024 em relação a julho de 2023, e a expansão acumulada em 12 meses foi de 2,7%.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, observou que o recuo de 0,1% em julho interrompeu uma sequência de oito meses consecutivos de alta, mas ressaltou que a queda foi pequena, especialmente após o crescimento robusto de 1,6% em junho. Ela destacou que setores como a indústria e o consumo das famílias, que tiveram forte desempenho no segundo trimestre, apresentaram retração em julho.

Por outro lado, o setor de serviços e os investimentos continuaram a crescer, com serviços sendo o principal motor da economia e os investimentos impulsionando a capacidade produtiva.

O estudo da FGV também mostrou um crescimento de 4,5% no consumo das famílias no trimestre móvel até julho, com avanços em todas as categorias de produtos. Os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cresceram 6%, com destaque para o setor de máquinas e equipamentos.

As exportações aumentaram 0,7%, embora tenham desacelerado em relação aos trimestres anteriores, refletindo uma menor contribuição do setor agropecuário. Por outro lado, as importações cresceram 16%, o maior resultado do ano, o que impacta negativamente o PIB, já que representam bens e serviços produzidos fora do Brasil.

O Monitor do PIB da FGV estima que a economia brasileira tenha atingido R$ 6,587 trilhões até julho de 2024. Outro indicador importante, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado na semana anterior, registrou uma retração de 0,4% em julho, com alta de 3,2% no trimestre e de 2% em 12 meses.