Presidente do Solidariedade se entrega à Polícia Federal em Brasília

Presidente do Solidariedade se entrega à Polícia Federal em Brasília


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O presidente do Solidariedade, Eurípedes Gomes Macedo Júnior, que estava foragido desde a última quarta-feira (12), entregou-se à Polícia Federal (PF) em Brasília na manhã deste sábado (15).

Acompanhado de seus advogados, o presidente do Solidariedade, Eurípedes chegou à Superintendência da corporação por volta das 11h45 e permanecerá na PF até ser transferido para o sistema penitenciário.

Acusações de desvio de fundos

Eurípedes é acusado de desvio de fundos partidário e eleitoral do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), partido que se fundiu ao Solidariedade no ano passado durante as eleições de 2022. O ex-presidente do Pros, Marcus Vinicius Chaves de Holanda, acusa Eurípedes de desviar R$ 36 milhões do partido.

Liderança de organização criminosa

A investigação aponta Eurípedes como líder de uma organização criminosa, que incluiria a esposa, duas filhas, um irmão, uma cunhada, um primo e a esposa do primo. A defesa do presidente do Solidariedade alega “total inocência” de Eurípedes e afirma que provará “a insubsistência dos motivos” perante a Justiça.

Pedido de licença

Em nota, o Solidariedade informou que Eurípedes pediu licença do comando do partido por prazo indeterminado. O comando nacional da sigla será assumido pelo deputado federal Paulinho da Força (SP), que era o vice-presidente da legenda.

Operação Fundo do Poço

Ação da Polícia Federal

Na quarta-feira (12), a Polícia Federal deflagrou a Operação Fundo do Poço, cumprindo sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em Goiás e no estado de São Paulo. No mesmo dia, a Justiça Eleitoral do DF determinou o bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis.

Mandados de prisão

De todos os mandados de prisão, apenas o de Eurípedes não havia sido cumprido, pois ele não foi encontrado em sua residência durante a operação. Embora tivesse viagem marcada, o dirigente partidário também não foi localizado no aeroporto e foi incluído na lista vermelha de foragidos da Interpol.

Declarações da defesa

Nota da defesa

Em nota, a defesa de Eurípedes informou que, após licenciar-se de suas funções de dirigente partidário, ele se apresentou voluntariamente à Polícia Federal no Distrito Federal para permitir o cumprimento do mandado de prisão preventiva.

“Os advogados que integram a sua defesa afirmam que o Sr. Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará perante a Justiça não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a sua prisão preventiva, mas ainda a sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial em que foi determinada a sua prisão preventiva”, destacou o comunicado.

Desdobramentos e expectativas

Próximos passos

Com a entrega de Eurípedes à Polícia Federal, espera-se que os próximos passos da investigação esclareçam as acusações de desvio de fundos e a participação de outros membros da organização criminosa. A defesa do presidente do Solidariedade está confiante de que conseguirá provar a inocência de seu cliente.

Impacto político

A licença de Eurípedes e a assunção de Paulinho da Força como presidente interino do Solidariedade são movimentos que poderão ter impactos significativos no cenário político, especialmente à medida que as investigações avancem e novos detalhes sejam revelados.

A entrega de Eurípedes Gomes Macedo Júnior à Polícia Federal marca um capítulo importante na investigação sobre os desvios de fundos do Pros. O desenrolar das investigações e o processo judicial subsequente serão cruciais para determinar as responsabilidades e as consequências desse caso para o Solidariedade e seus dirigentes.

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