Primeiro registro de Queijo Cabacinha é de produtor atendido pelo ATeG

Primeiro registro de Queijo Cabacinha é de produtor atendido pelo ATeG

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O produtor José Alves dos Santos, da cidade de Joaíma, no Vale do Jequitinhonha, fez história ao conquistar o primeiro registro de inspeção sanitária de Minas Gerais para a produção e comercialização do tradicional Queijo Artesanal Cabacinha.

A regularização consolida a atividade como referência no estado e abre caminho para a valorização do produto em nível nacional.

A queijaria da Fazenda Terra Estranha, fundada por José e sua esposa, Rita de Cássia Trindade Alves, passa a operar em conformidade com todas as exigências legais, preservando as características artesanais do produto e garantindo segurança alimentar ao consumidor.

Trajetória de superação e excelência

Economista de formação, José Alves iniciou sua trajetória no campo em 2001, após se mudar de Sergipe para Minas. Em busca de qualificação, realizou diversos cursos no Sistema Faemg Senar, onde teve seu primeiro contato com a produção de queijos. A produção do Queijo Cabacinha começou em 2010, ganhando força e reconhecimento ao longo dos anos.

Sua produção já foi premiada com medalhas de ouro em eventos como o Mundial do Queijo do Brasil e o Prêmio Brasil de Queijos Artesanais.

Apoio técnico e regulamentação

A conquista do registro é resultado de um esforço coletivo envolvendo instituições como o Sistema Faemg Senar (por meio do programa ATeG Agroindústria e da Comissão Técnica de Queijo Minas Artesanal), a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais (Seapa), o IMA, a Epamig, a Emater, o Consórcio Cimbaje e a Aprocaje (Associação de Produtores de Queijo Cabacinha).

O Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Queijo Cabacinha foi lançado oficialmente em 15 de maio de 2025, em evento realizado em Pedra Azul, também no Vale do Jequitinhonha.

Transformação para o território

Para os envolvidos, o feito vai além da regularização individual. Trata-se de uma vitória coletiva que resgata a autoestima dos produtores locais e valoriza os saberes tradicionais do território.

“É uma conquista simbólica, fruto de anos de trabalho, que representa um salto na valorização do produto, abre novas possibilidades de mercado e fortalece a identidade do Vale do Jequitinhonha”, destacou Paula Lobato, analista do ATeG.

Para Frank Barroso, vice-presidente do Sistema Faemg Senar e presidente da Comissão Técnica de Queijo Minas Artesanal, “a regulamentação garante tradição com segurança, e todos ganham: produtores, consumidores e o próprio estado”.

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Fonte: Balcão News

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