Comissão do Senado aprova porte de arma para advogados em defesa pessoal

Comissão do Senado aprova porte de arma para advogados em defesa pessoal

A Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado aprovou terça-feira, o projeto de lei que autoriza o porte de arma de fogo para advogados, com o objetivo de garantir sua autodefesa.

O PL 2.734/2021, de autoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), teve parecer favorável do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O texto aprovado altera o Estatuto da Advocacia e o Estatuto do Desarmamento, incluindo o direito de advogados regularmente inscritos na OAB portarem armas de fogo em todo o território nacional, desde que cumpram os requisitos legais.

A regulamentação caberá ao Conselho Federal da OAB.

Segundo o relator, a proposta promove isonomia entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, que já possuem esse direito.

“Embora desempenhem funções distintas, todos integram corpos técnicos essenciais à função jurisdicional do Estado”, destacou Alessandro Vieira.

Requisitos e restrições

O substitutivo aprovado unifica o conteúdo do projeto de Flávio Bolsonaro e do PL 2.530/2024, do senador Cleitinho (Republicanos-MG), que também tratava do porte de armas para advogados.

A proposta mais recente foi considerada prejudicada.

O parecer incorporou emendas dos senadores Sergio Moro (União-PR) e Fabiano Contarato (PT-ES).

Entre os critérios exigidos para o porte estão:

Comprovação de exercício regular da advocacia, por meio de documento expedido pela OAB;

Capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio da arma;

Cumprimento dos demais requisitos da legislação vigente;

Vedação ao porte em locais como fóruns, tribunais, estabelecimentos prisionais e ambientes com normas próprias de segurança.

“O projeto não concede automaticamente o porte de arma a todos os advogados, mas abre essa possibilidade, respeitando os critérios legais”, ressaltou Sergio Moro.

Justificativas

O senador Flávio Bolsonaro argumenta que o exercício da advocacia pode expor os profissionais a situações de risco, especialmente em casos envolvendo liberdade, patrimônio e família.

Segundo ele, 80 advogados foram assassinados no Brasil entre 2016 e 2019, conforme dados da OAB.

O porte de arma daria ao advogado a chance de se defender de uma injusta agressão e tentar salvar a própria vida”, afirmou Flávio.

A aprovação do projeto, segundo a Agência Senado representa um avanço no debate sobre segurança de profissionais do Direito, mas ainda dependerá da análise da CCJ antes de seguir para votação no plenário do Senado.

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Fonte: Balcão News

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