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Festival do Tropeiro vai trazer a maior caipirinha do mundo

Festival do Tropeiro vai trazer a maior caipirinha do mundo


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Amanhã, dia 29 de junho, sábado, no encerramento, o público irá conhecer os 3 melhores tropeiros participantes do Sabores do Santa Tereza – 1º Festival de Tropeiro de Belo Horizonte.

Durante o mês de junho, 14 estabelecimentos ofereceram uma receita exclusiva de  tropeiro e um drink com cachaça. para celebrar um prato típico do Brasil que representa a miscigenação da cultura gastronômica brasileira.

O público votou e escolheu os 3 melhores quanto a apresentação, sabor e criatividade que serão conhecidos no evento de encerramento.

A programação traz o violeiro Beto Trem Chic que irá se apresentar às 12h. Às 15htem show com Marcelo Liverpool e, às 19h,  Helenice Cunha, a rainha da comitiva de Barretos, acompanhada dos berranteiros.

Além das barraquinhas onde serão comercializados os pratos participantes e das atrações artísticas, o evento traz outras estórias  relacionadas à história e ao consumo do tropeiro: será produzida a maior caipirinha do mundo, com o objetivo de ser registrada pelo Guinness Book.

Serão utilizados um tonel de 1.000 litros, 300 litros de cachaça Jeceaba – apoiadora do evento – 100kg de limão, 60kg de açúcar, cerca de 500kg de gelo, 2 mil copos e 10 barmans.

A ideia de se fazer um festival de tropeiro no bairro de Santa Tereza partiu da empresária Miriam Cerutti, proprietária do restaurante Mármore 450, localizado no bairro. Este é  o primeiro festival de tropeiro de Minas Gerais, quiçá do Brasil. Mas por que fazer um festival de tropeiro? O Feijão Tropeiro é um prato típico do Brasil originário de um movimento, o tropeirismo, e não de uma região específica. Agora, os estabelecimentos participantes do festival poderão contar essa história de maneira reinventada através do prato que irão criar, promovendo o resgate de saberes ancestrais e técnicas culinárias tradicionais. Através das origens do tropeiro, buscamos inspirar a criatividade, fomentar a diversidade gastronômica e colocar o bairro de Santa Tereza no contexto gastronômico mundial, fazendo dele o lugar de referência da comida mineira, em especial do tropeiro, explica a idealizadora, Miriam Cerutti. 

O feijão tropeiro é um prato típico do Brasil feito principalmente com feijão, carne seca, toucinho e farinha de mandioca ou milho. Muito popular nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, o feijão tropeiro surgiu dentro de um contexto nômade conhecido como Tropeirismo, que se resume à atividade comercial realizada pelos Tropeiros, que eram carregadores de mulas, gados, cavalos e comerciantes, que atuavam principalmente entre as regiões centro-oeste e sudeste do Brasil durante os séculos XVII e XX.

Neste período,, a culinária brasileira sofria forte influência de três culturas: indígena, portuguesa e africana. Foi daí que veio a combinação da farinha de mandioca com o feijão. Para facilitar o transporte de alimentos, os tropeiros costumavam carregar ingredientes secos e não perecíveis, como farinha de mandioca, farinha de milho, feijão, toucinho, charque, sal e café. Esses ingredientes formavam a base da dieta dos tropeiros.

Os mantimentos e utensílios de preparo eram carregados dentro das bruacas, que eram caixas de couro presas nas cangaias dos animais de transporte.

O feijão tropeiro surgiu neste contexto: a receita era uma maneira prática e nutritiva de preparar alimentos secos e duráveis, capazes de suportar as longas jornadas dos tropeiros. O prato ganhou popularidade nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás e hoje é considerada comida típica em muitas cidades dessa região.

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