Confiança do empresário varejista mineiro teve queda em maio
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) apresentou uma desaceleração de 5,1% em maio de 2024 em comparação com abril, alcançando 102,6 pontos.
Este é o menor patamar desde julho de 2023, quando o índice estava em 101,2 pontos.
Apesar da queda, o índice ainda permanece em um nível de satisfação.
Empresas com até 50 funcionários: Mantiveram um índice de 102,5 pontos, uma queda de 5,1% em relação ao mês anterior.
Empresas com mais de 50 funcionários: O índice caiu 4,9%, chegando a 104,6 pontos.
A maior queda foi dos bens duráveis que apresentou uma desaceleração de 9,3%, caindo para 93,6 pontos, abaixo do nível de satisfação.
Já os semiduráveis tiveram uma queda de 3,7%, permanecendo em um nível de satisfação com 110,0 pontos, e os não duráveis: Apresentaram uma queda de 1,8%, mantendo 105,3 pontos, ainda dentro do patamar de satisfação.
Segundo Gilson Machado, economista da Fecomércio MG, a desaceleração do ICEC reflete o momento atual do comércio, com os varejistas mais atentos às condições econômicas e ao desempenho fraco do comércio ampliado no estado, que registrou uma queda de 0,1% nos três primeiros meses do ano.
Outros fatores incluem:
- Aumento das projeções da taxa Selic.
- Preocupações com a inflação.
- Impacto das importações de pequeno valor.
Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC):
Desaceleração de 4,3% em relação ao mês anterior e 2,6% em comparação com maio de 2023.
Mantém 130,9 pontos.
Subíndices: expectativa das empresas comerciais (142,3), expectativa do comércio (133,6) e expectativa da economia brasileira (116,9).
Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC):
Ligeira queda de 0,3%, mantendo 102,0 pontos.
Subíndices: desaceleração no nível de investimento da empresa (4,9%), avanço na expectativa de contratação de funcionários (1,5%) e na situação atual dos estoques (2,1%).
Índice de Condições Atuais do Comércio (ICAEC):
-
- Queda de 7,4%, ficando em 74,9 pontos.
- Subíndices: condições atuais das empresas comerciais (91,9), condições atuais do comércio (73,7) e condições atuais da economia (59,0).
Apesar da desaceleração no índice de confiança, o nível de satisfação sugere que os empresários ainda têm expectativas positivas e estão dispostos a investir em estoques e ampliar a força de trabalho.
Machado destaca que, mesmo com as dificuldades atuais, há uma crença em um cenário melhor para o futuro do comércio varejista.
Este panorama reflete a resiliência do setor, que continua a enfrentar desafios econômicos e estruturais, mas demonstra sinais de otimismo em relação às perspectivas de médio e longo prazo.