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Deputado João Magalhães, líder do governo Zema, é condenado a 11 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro
O deputado estadual João Magalhães (MDB), líder do governo Zema na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi condenado, em primeira instância, a 11 anos e oito meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A sentença, emitida pela Justiça Federal na última semana, está relacionada a um processo originado na Operação João de Barro, da Polícia Federal, em 2008.
As investigações revelaram um esquema de fraude em licitações em diversas prefeituras pelo país. Conforme denúncia do Ministério Público Federal (MPF), João Magalhães, então deputado federal, teria recebido propina em troca de direcionar emendas parlamentares à Prefeitura de Tumiritinga, no Vale do Rio Doce.
O ex-prefeito de Tumiritinga à época, Luiz Denis Alves, e a ex-assessora informal de Magalhães, Mary Rosane da Silva Lanes, também foram condenados.
De acordo com a sentença do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), João Magalhães recebeu R$ 38 mil — aproximadamente R$ 144 mil em valores atualizados — do prefeito de Tumiritinga em outubro de 2007 como pagamento por emendas parlamentares. O valor foi recebido através da conta de Mary Rosane da Silva Lanes, que repassava os recursos para pessoas próximas a Magalhães, ocultando a origem dos valores.
A sentença baseia-se em uma série de mensagens e conversas telefônicas entre os condenados, que foram cruciais para a decisão judicial. Os crimes de corrupção passiva e lavagem de capitais resultaram na condenação de João Magalhães a 11 anos e oito meses de reclusão em regime fechado, com penalidades adicionais em forma de multas.
O tribunal, segundo o portal itatiaia.com, destacou que João Magalhães usou uma cidade com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para praticar os crimes, aproveitando-se da necessidade financeira do município. Mary Rosane da Silva Lanes foi condenada a 10 anos e dois meses de reclusão, enquanto Luiz Denis foi condenado a 11 anos e seis meses de prisão.
João Magalhães, em nota, afirmou ter recebido a decisão com tranquilidade, alegando que as denúncias são infundadas e que não há provas de que tenha recebido qualquer vantagem indevida. O deputado garantiu que seus advogados estão tomando todas as medidas legais para esclarecer o assunto e afirmou que continua focado em seu trabalho em favor de Minas Gerais.
O governo de Minas Gerais, representado pelo secretário de Estado de Governo, Gustavo Valadares, expressou solidariedade a João Magalhães, destacando sua integridade e importância na relação entre o Executivo e o Legislativo.
Esta condenação levanta questões sobre a integridade dos líderes políticos e a necessidade de combater a corrupção para assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de maneira justa e transparente. A situação de João Magalhães pode impactar o cenário político em Minas Gerais, exigindo uma resposta adequada do governo e do sistema judicial para restaurar a confiança pública.