
Deputados criticam proposta de pedágio na Grande BH
A proposta do Governo de Minas de instalar praças de pedágio na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi alvo de críticas durante a Reunião Ordinária do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na quinta-feira.
A deputada Bella Gonçalves (Psol) anunciou a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para impedir a cobrança.
Segundo a parlamentar, a medida compromete a mobilidade urbana ao dificultar a deslocação de trabalhadores e estudantes. “O pedágio na RMBH fragmenta a mobilidade e contraria um dos princípios fundamentais das regiões metropolitanas, que é garantir uma circulação fluida. A proposta é tão impopular que PL e Psol estão unidos contra ela. precisamos de avanços no transporte metropolitano, com integração entre ônibus e metrô”, afirmou.
Bella Gonçalves também rebateu declarações do governador Romeu Zema, que classificou a PEC como uma “fossilização da legislação”. “Fossilizado é o ouvido do governador, que não escuta o povo, a ALMG e nem sua própria base, que está constrangida”, criticou.
A deputada ainda abordou o indiciamento do ex-secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Fernando Marcato, por suspeitas de corrupção na concessão de rodovias no Triângulo Mineiro.
Já o deputado Leleco Pimentel (PT) também mencionou o indiciamento de Marcato e outros réus envolvidos na concessão. “Nós alertamos aqui que era para construção de caixa dois para financiamento de campanha. As únicas obras realizadas nas estradas concedidas são as praças de cobrança”, afirmou.
Beatriz Cerqueira (PT) fez um apelo ao prefeito de Araçuaí (Jequitinhonha/Mucuri), Tadeu Barbosa Oliveira, contra a proposta de redução da Área de Preservação Ambiental (APA) Chapada do Lagoão. A medida está prevista em projeto do executivo municipal enviado à câmara. Segundo ela, o governo estadual tem resistido à criação de uma agência reguladora para esse fim.
“A Chapada do Lagoão é a caixa d’água de Araçuaí, tem nascentes, tem comunidades tradicionais e é um corredor no semiárido, entre o Cerrado e a Caatinga”, pontuou a deputada. Segundo ela, o Ministério Público de Minas já recomendou a não aprovação do projeto, por irregularidades. Na visão da parlamentar, a iniciativa atende apenas interesses de mineradoras.
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Fonte: Balcão News