Fórum Técnico Minas Gerais pela Ciência é retomado pela Almg – Balcao News – Notícias de BH

Na última segunda-feira, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) retomou o Fórum Técnico Minas Gerais pela Ciência – Por Um Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável, em uma reunião que contou com ampla participação de instituições de ensino e pesquisa do estado.

O fórum, que havia sido iniciado em 2019 e interrompido pela pandemia, tem como objetivo elaborar o Plano Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será discutido em sete encontros regionais e receberá contribuições por meio de consulta pública no Portal da ALMG.

A deputada Beatriz Cerqueira (PT), presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia e autora do requerimento para realização do fórum, destacou a importância da contribuição das diversas regiões de Minas para o plano, que visa a redução de desigualdades sociais, de gênero e de raça, além da proteção ambiental e sustentabilidade.

Um ponto de consenso entre os participantes da audiência foi a necessidade de financiamento de longo prazo para a ciência, ressaltando a importância de uma política de Estado contínua e robusta.

A autonomia financeira e gerencial de instituições como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) foi apontada como crucial para a continuidade dos avanços científicos e tecnológicos.

Além disso, o fórum discutirá quatro eixos principais: estrutura da política de ciência, tecnologia e inovação no estado; desenvolvimento social e qualidade de vida; natureza e sociedade; e cidades inteligentes, sustentáveis e criativas.

Os participantes também ressaltaram a importância de integrar a ciência e tecnologia com o mercado industrial para que as inovações beneficiem a sociedade de forma mais ampla e inclusiva.

A substituição da matriz econômica de Minas Gerais, atualmente baseada na mineração, por um modelo de desenvolvimento sustentável e tecnológico, foi um dos temas centrais discutidos.

Os participantes expressaram a esperança de que, com investimentos em ciência e tecnologia, o estado possa se transformar em uma economia de base tecnológica, menos dependente de commodities, e que este desenvolvimento seja coerente com a proteção ambiental e o respeito às comunidades tradicionais.