Publicidade
Imprensa do Vale do Aço debate futuro com IA

Imprensa do Vale do Aço debate futuro com IA

Promovida pela FIEMG discute impacto da IA no jornalismo e os desafios éticos da nova era digital

Profissionais da imprensa do Vale do Aço se reuniram na noite da última terça-feira (7/10), no auditório da FIEMG Regional Vale do Aço, em Ipatinga, para participar da palestra “O futuro da imprensa com a Inteligência Artificial”.

O evento, transmitido de forma híbrida, reuniu comunicadores de diferentes municípios da região e foi uma iniciativa do Grupo Técnico de Comunicação Corporativa do Conselho Estratégico da FIEMG Vale do Aço, formado pela Aperam, Cenibra e Usiminas.

O objetivo foi discutir como a Inteligência Artificial (IA) vem transformando o jornalismo, otimizando processos, mas também levantando questões sobre ética, riscos e oportunidades.

Tecnologia e jornalismo humano

A condução do tema ficou a cargo de Elissandra Hurtado, diretora-presidente da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento, executiva e consultora com mais de 20 anos de experiência na área. Ela destacou que a IA pode ser uma grande aliada dos profissionais da imprensa, desde que usada com equilíbrio e responsabilidade.

A Inteligência Artificial é uma aliada do jornalismo contemporâneo, desde a automação de processos até a personalização da informação. Ela ajuda a otimizar títulos, palavras-chave e estratégias de distribuição, ampliando o alcance do conteúdo jornalístico”, explicou Elissandra.

A especialista também ressaltou que, apesar dos avanços, a tecnologia traz riscos éticos e sociais. Entre os principais desafios estão a manipulação de dados, a disseminação de desinformação e a verificação de fontes.

“Em um cenário de desinformação crescente, a checagem e a verificação de dados são fundamentais para garantir a integridade da informação”, alertou.

Uso responsável e credibilidade

Durante a palestra, foi enfatizado o uso responsável das ferramentas tecnológicas que apoiam o trabalho jornalístico, tanto no nível operacional — agilizando rotinas de redação, edição e distribuição — quanto no estratégico, ampliando o alcance e o impacto das notícias.

Elissandra destacou que a credibilidade continua sendo o maior ativo da imprensa.

“Em um contexto em que os dados circulam em tempo real, gerir riscos, assegurar transparência e preservar a memória coletiva são desafios significativos”, afirmou.

Como exemplo prático, ela citou o The New York Times, que em 2023 começou a integrar ferramentas de IA generativa em seu processo editorial. A experiência aumentou a produtividade, mas também mostrou a importância de estabelecer regras claras de uso para preservar a qualidade e a confiança no jornalismo.

O futuro da profissão

Encerrando sua fala, Elissandra reforçou que a IA não substitui o papel humano na produção jornalística.

“A inteligência artificial não substitui o julgamento, a ética, a empatia e a capacidade de investigação dos jornalistas. A criatividade, a visão crítica e a interação humana continuam sendo o cerne da profissão”, afirmou.

O presidente da FIEMG Regional Vale do Aço, João Batista Alves, elogiou a iniciativa e destacou a importância do debate.

Estamos em um momento de rápidas transformações. A IA já faz parte do nosso cotidiano e é essencial refletirmos sobre como a imprensa pode inovar, manter relevância e responsabilidade social em um ambiente cada vez mais digital e orientado por dados”, concluiu.

Leia também:

BH lança Muralha BH, sistema com 12 mil câmeras

Fonte: Balcão News