Jogador do América-MG é punido por racismo

Jogador do América-MG é punido por racismo

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu, ontem, o meia-atacante boliviano Miguelito, do América-MG, com seis jogos de suspensão por injúria racial.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, em primeira instância, suspender por seis jogos o meia Miguelito, do América-MG, e aplicar uma multa de R$ 2 mil ao jogador, após acusação de injúria racial durante a partida contra o Operário-PR, válida pela Série B do Campeonato Brasileiro.

O episódio aconteceu no dia 4 de maio, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR). De acordo com denúncia registrada junto à Polícia Civil do Paraná (PCPR), o atacante Allano, do Operário, acusou Miguelito de proferir a expressão “preto do c…” aos 30 minutos do primeiro tempo, quando os jogadores se posicionavam para uma cobrança de falta.

Allano comunicou a ofensa ao árbitro Alisson Sidnei Furtado, acompanhado do capitão da equipe paranaense, Jacy.

O árbitro, então, segundo a Agência Brasil interrompeu a partida por cerca de 15 minutos, em cumprimento ao protocolo antirracista estabelecido pela Fifa e pela CBF.

Após a paralisação, o jogo foi retomado com ambos os jogadores em campo, mas Miguelito foi substituído no intervalo pelo técnico do América-MG.

Defesa e Recurso

Logo após a decisão do STJD, o América-MG divulgou nota oficial informando que recorrerá ao Pleno do Tribunal e solicitará um efeito suspensivo para que o jogador possa continuar atuando enquanto o recurso estiver pendente de julgamento.

“O América Futebol Clube reforça seu compromisso com o combate a qualquer forma de discriminação, mas acredita no direito de defesa do atleta e buscará a reversão da pena”, diz o clube em comunicado.

A punição ao jogador ainda não é definitiva. Com o recurso, o caso será reavaliado em segunda instância, sem data marcada até o momento. Caso o efeito suspensivo seja concedido, Miguelito poderá jogar normalmente até o novo julgamento.

A denúncia também segue em apuração pela Polícia Civil do Paraná, podendo haver desdobramentos no âmbito criminal.

O caso reacende o debate sobre o racismo nos gramados brasileiros, que tem mobilizado clubes, entidades esportivas e torcedores na luta por um futebol mais justo e igualitário.

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Fonte: Balcão News

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