Deputados mineiros vão debater impactos de projeto da Samarco – Balcao News – Notícias de BH

Deputados mineiros vão debater impactos de projeto da Samarco – Balcao News – Notícias de BH

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai debater os impactos do projeto Longo Prazo da mineradora Samarco em uma reunião, que acontece, nesta segunda-feira.

Solicitada pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), a reunião será realizada no Auditório do andar SE, a partir das 14 horas.

O projeto Longo Prazo envolve a ampliação das operações da Samarco no Complexo de Germano, localizado entre os distritos de Santa Rita Durão, em Mariana, e Antônio Dias, em Ouro Preto.

A mineradora planeja expandir a exploração de minério de ferro, incluindo a disposição de rejeitos em pilhas de material estéril.

Desde a retomada parcial das atividades da Samarco em 2020, após o rompimento da barragem de Fundão em 2015, a empresa tem operado com 26% de sua capacidade produtiva. No entanto, com o novo processo de licenciamento iniciado em 2022, a empresa busca autorização para retomar 100% da produção até 2042.

O projeto Longo Prazo prevê a continuidade da lavra nas minas existentes, a criação de novas pilhas drenadas para disposição de estéril e rejeito arenoso, a ampliação de pilhas existentes, e a construção de estruturas auxiliares.

Moradores dos distritos de Bento Rodrigues e Camargos, afetados pela tragédia de Mariana em 2015, expressam preocupação com o projeto, apontando riscos como o empilhamento de rejeito a seco, alteração da paisagem, interferência no escoamento de água, poluição do ar, e impactos no patrimônio cultural.

Essas comunidades denunciam que não têm sido ouvidas nas decisões que afetam seus territórios, apesar do acordo de 2017 que previa que a destinação final das áreas atingidas seria definida em conjunto com os moradores e o poder público.

Em janeiro de 2024, o Conselho de Meio Ambiente de Mariana aprovou a declaração de conformidade do projeto Longo Prazo sem consultar a população local, o que gerou críticas e preocupações sobre a falta de participação comunitária nas decisões relacionadas ao projeto.

Fonte: Balcão News

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