Data é lembrada neste 31 de março.
Existem vária formas de discutir as diferentes maneiras de narrar e interpretar a ditadura militar no Brasil, destacando as disputas em torno do uso de termos-chave relacionados ao período.
Aqui estão os principais pontos abordados:
- Ditadura civil-militar vs. Ditadura militar:
- Daniel Aarão Reis introduziu o termo “ditadura civil-militar” para destacar a participação ativa de civis no golpe e na manutenção do regime. Ele argumenta que os civis desempenharam um papel fundamental desde o início do regime e que o termo “ditadura militar” pode obscurecer essa participação.
- Participação dos civis no golpe:
- Aarão Reis e outros especialistas apontam para a participação de diferentes setores civis no golpe, incluindo líderes políticos, empresários, e figuras religiosas. Isso inclui eventos como a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
- Controvérsia em torno do termo “ditadura civil-militar”: Enquanto alguns historiadores, como Rodrigo Patto Sá Motta, questionam a necessidade do termo “civil” para descrever a ditadura, outros, como Aarão Reis, defendem seu uso para reconhecer a responsabilidade dos civis no regime.
- Golpe vs. Revolução: Há debate sobre se o golpe militar de 1964 deve ser chamado de “golpe” ou “revolução”. Alguns defensores do regime militar preferem o termo “revolução” para sugerir mudanças positivas, enquanto críticos argumentam que “golpe” é mais preciso e implica uma conotação negativa.
- Ditadores vs. presidentes: Enquanto os líderes militares durante a ditadura eram oficialmente chamados de “presidentes”, alguns historiadores argumentam que eles eram, na prática, ditadores. Isso reflete uma falta de reflexão da sociedade brasileira sobre a ditadura e seus líderes.
Em resumo, o texto, segundo a Agência Brasil destaca as diferentes perspectivas e interpretações da ditadura militar no Brasil, incluindo disputas em torno da linguagem utilizada para descrever esse período histórico.
Fonte: Balcão News