Atlético vira o clássico, vence por 3 a 1, é penta e a hegemonia continua em Minas Gerais.
O Atlético adicionou mais um capítulo glorioso à sua história no futebol mineiro. Com uma vitória convincente sobre o Cruzeiro por 3 a 1, de virada, o time alcançou seu terceiro pentacampeonato estadual, um feito histórico que ressalta sua atual hegemonia em Minas Gerais.
Este título, conquistado na tarde de domingo, 7 de abril, no Mineirão, junta-se aos outros dois pentacampeonatos obtidos entre 1952-1956 e 1978-1982, além de um hexacampeonato conquistado subsequentemente.
Domínio do Galo desde o início
O Atlético começou a partida demonstrando sua qualidade e intenção de dominar o jogo. Já nos primeiros minutos, Guilherme Arana teve uma excelente oportunidade, seguida por uma série de chances claras de gol, incluindo um lance quase convertido por Paulinho, que evidenciou a pressão inicial do Galo sobre o Cruzeiro.
Apesar das numerosas oportunidades, o primeiro tempo terminou sem gols para ambos os times, com o Cruzeiro conseguindo criar apenas algumas chances isoladas.
Uma segunda etapa eletrizante
O segundo tempo começou sem alterações nas equipes, mas com o Atlético mantendo sua postura ofensiva. Apesar disso, foi o Cruzeiro quem abriu o placar, com um gol de Mateus Vital.
Não demorou muito para que o Atlético respondesse, com Otávio lançando uma bola para Saravia marcar um belo gol de cabeça, empatando a partida e reacendendo para o Galo as esperanças de vitória.
O treinador Gabriel Milito, em uma jogada ousada, realizou três substituições quase simultâneas, mudanças que provaram ser decisivas para o desenlace da partida. Essas alterações revitalizaram o time, que logo conseguiu um pênalti, convertido por Hulk, virando o jogo a seu favor.
Hulk, além de virar o jogo, marcou seu sétimo gol no clássico.
O gol da consagração
Nos momentos finais da partida, já nos acréscimos, veio o gol que selou a vitória e o pentacampeonato. Em uma jogada rápida de contra-ataque, Paulinho, em uma arrancada espetacular, passou a bola para Scarpa, que com muita categoria driblou o goleiro e marcou, fechando o placar em 3 a 1 e consolidando a superioridade do Atlético Mineiro e a conquista do título de 2024.
Gustavo Scarpa celebra o gol decisivo na conquista do pentacampeonato mineiro pelo Galo
Gustavo Scarpa se destacou ao marcar o gol decisivo que garantiu ao Atlético Mineiro o título de pentacampeão mineiro consecutivo, em um Mineirão com mais de 60 mil torcedores cruzeirenses.
O momento ápice da partida ocorreu aos 47 minutos do segundo tempo, quando Scarpa, após receber um passe preciso de Paulinho, driblou com maestria o goleiro Rafael Cabral e empurrou a bola para o fundo das redes, selando a conquista.
Scarpa, em meio às celebrações, compartilhou suas esperanças e emoções. “Espero que este seja apenas o início de muitas conquistas aqui no Galo”, expressou o meio-campista. Ele também refletiu sobre a natureza imprevisível do futebol e a rapidez com que as decisões devem ser tomadas em momentos cruciais.
“Naquele momento decisivo, você precisa escolher rapidamente o que fazer. Felizmente, consegui fazer a escolha certa e marcar o gol. Estou extremamente feliz”, comentou.
O jogador também falou sobre a gratidão que sente, especialmente após um período desafiador sem marcar gols. “Estava há cerca de um ano e meio sem marcar, e mesmo não sendo atacante, isso afeta a confiança no dia a dia. O mais importante é manter a positividade, continuar trabalhando arduamente e dar o meu melhor, e foi o que fiz”, revelou Scarpa.
Este gol não apenas rompeu um jejum pessoal de Scarpa, mas também reafirmou seu comprometimento e dedicação, desempenhando um papel crucial na final.
Gabriel Milito conquista o primeiro título com o Galo após apenas três partidas
O técnico Milito conquistou o pentacampeonato mineiro em apenas três partidas no comando da equipe. Este título não apenas coroou o Atlético com a glória estadual, mas também marcou o primeiro triunfo de Milito como treinador.
Durante a coletiva de imprensa após a emocionante vitória, Milito compartilhou sua visão sobre os fatores decisivos para a conquista. “A chave para a nossa vitória foi manter a crença até o fim. Focamos em competir e disputar cada lance com determinação, mantendo o controle emocional e enfrentando a final com a atitude certa”, explicou.
Em uma movimentação tática audaciosa, Milito realizou três substituições simultâneas no segundo tempo, alterando o rumo do jogo logo após o Atlético empatar. Ele sacou Bruno Fuchs, Otávio e Battaglia para dar lugar a uma estratégia mais ofensiva, introduzindo Vargas, Scarpa e Igor Gomes ao jogo.
Milito enfatizou a importância dessas alterações, destacando o impacto positivo dos jogadores que entraram. “Os substitutos fizeram a diferença, mostrando o quão forte é o nosso elenco. Esse espírito de equipe e essa resposta positiva são essenciais para alcançarmos objetivos significativos”, afirmou.
Esse primeiro título de Milito no comando do Galo não apenas demonstra seu impacto imediato e efetivo como treinador, mas também ressalta a força coletiva e a resiliência do Atlético. As declarações de Milito após o jogo refletem a importância da união e do trabalho em equipe para superar desafios e conquistar vitórias significativas.
“Vamos comemorar um pouco hoje e amanhã e, rapidamente, já temos que descansar para sermos competitivos na Copa Libertadores”, finalizou.
Na 4ª feira, às 19h, o Galo volta a campo para enfrentar o Rosário Central, da Argentina, pela segunda rodada da Copa Conmebol Libertadores, na Arena MRV.
Ficha Técnica: cruzeiro 1 x 3 Atlético
Local: Mineirão, Belo Horizonte.
Campeonato: jogo de volta da final do Campeonato Mineiro de 2024
Cruzeiro:
Rafael Cabral; William (Wesley Gasolina), Neris (Barreal), Zé Ivaldo e Marlon; Lucas Romero, Lucas Silva (Cifuentes), Mateus Vital (João Marcelo) e Matheus Pereira; Arthur Gomes (Rafael Elias) e Juan Dinenno.
Técnico: Nicolás Larcamon.
Atlético:
Everson; Saravia (Igor Rabello), Bruno Fuchs (Scarpa), Jemerson e Guilherme Arana; Otávio (Vargas), Battaglia (Igor Gomes), Alan Franco e Zaracho; Hulk (Mauricio Lemos) e Paulinho.
Técnico: Gabriel Milito.
Gols: Mateus Vital (CRU); Saravia, Hulk e Scarpa (ATL)
Cartões: William, Marlon, Lucas Romero e Matheus Pereira (CRU); Scarpa, Jemerson, Guilherme Arana e Zaracho.
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (Fifa-SP)
Auxiliares: Fabrini Bevilaqua Costa e Nailton Junior de Sousa Oliveira.VAR: Cláudio Rocha Filho
Público: 61.582
Renda: R$ 5.517.247,62.
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Fonte: Balcão News
